10 de fev. de 2013

A questão d'Os Miseráveis.


Sou uma cinéfila assumida, não nego, não escondo. E desses meus anos passados no escuro olhando a grande tela, já vi de tudo: filmes cult, b, c, d , oscar-like, z, ou o que quer que classifiquem os tolos. É claro, alguns não fiz questão de gastar tempo, mas esses são difíceis de encontrar na minha mente obsessiva por longas.
E daí que, em temporada de Oscar, meu cérebro entra em catarse cinematográfica, por ao mesmo tempo querer conferir todos os indicados ao mesmo, para poder julgar - pois quem é que não julga nesse mundo? - se os velhinhos da academia acertaram, e continuar na minha rotineira caça a filmes bons e divrtidos. E aí entra "Lés Mis".
Tinha falado com namorado que gostaria muito de ver, afinal musicais são recordações boas para mim; só lembrar de "Chicago", "Sweeney Todd" e até mesmo "Moulin Rouge", meu coração derrete. E ele foi muito legal em concordar e se dirigir a sala de cinema pra dividir essa experiência comigo, considerando que o mesmo odeia esse tipo de filme.
Luzes apagadas, expectativas no alto, começa o musical com uma cena de deliciar os olhos de qualquer espectador. E a música inicial. E cantam. Cantam. Não param de cantar. Até quando falam, cantam. E eu começo a desejar que alguém falasse uma palavra não rimada e sem um falsete bem arranjado.
E quase duas horas depois, tudo o que persistiu na minha cabeça foi uma agonia torturante de pessoas cantando o tempo inteiro. Não me leve a mal, a parte técnica do filme é um esplendor - cenários, figurinos, maquiagem, fotografia, direção de câmera. Tom Hooper sabe como fazer um filme e isso já tinha sido provado no ganhador "O Discurso do Rei". Mas eu simplesmente não consegui achar diversão num filme onde não há uma palavra falada, só as cantadas. Pois se quando novamente retorno aos musicais que mencionei em outro parágrafo, todos eles possuíam seus momentos de conversa, intervalados por canções bem colocadas. Mas "Lés Mis" não. Este se resume em um longa inteiro com pessoas cantando exaustivamente nos meus pobres ouvidos.
Então finjo que entendo todo a glamourização em cima dele, até porque como comentado, entendo seu primor técnico. Mas, me desculpe sociedade, eu não gostei d'Os Miseráveis.

Russell Crowe, o mais competente da cantoria.


ps. Apesar disso, recomendo que assistam. Vale como experiência  afinal, e se puder encontrar o filme numa sala IMAX, o visual será arrebatador.

2 comentários:

Dani disse...

Quero ler o livro, mas não me interessei muito pelo filme, amo assistir filmes, perco horas e horas em frente a tela no computador assistindo, mas não sou fã de musicais. ;/

Beijos

Vanessa disse...

Que bom que você voltou ao blog! Ahhhh, e que pena que não gostou do filme. Eu achei maravilhoso e acabei de postar sobre ele também. E justamente o que você não gostou, a cantoria excessiva, foi o que me fez gostar mais do filme ainda. No início eu realmente pensei que fosse ficar louca e sair cantando em vez de falar. Mas no fim das contas acabou sendo muito emocionante.

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