4 de out. de 2008
Cruel de Magra
Quando eu fui colocada nesse mundo, olharam pra mim e carimbaram na testa: "Comei tudo quanto existe de porcaria e tu não engordarás". No jargão de magra de ruim, eu não digo que sou tal, sou terrivelmente cruel... Desde os tenros anos de infância me afogo em bananas split e como três hamburgeres sem culpa e a balança não ousa mexer nem um pouquinho, e quando alguma menina desesperada por perder aquela medida a mais me pergunta como eu consigo ficar esse palito ambulante, eu só respondo, "sei lá, acho que o minha tireóide é louca" e caio na risada. Não pelo fato de eu ter sido assim chamada de privilegiada, mesmo porque, embora não contando calorias e comendo horrores em refeições à quilo, eu gostaria sim, de ser mais um pouquinho recheada, igual as tantas meninas que queriam ser magrelas. A verdade é que eu encaro todo esse ato de se alimentar como um dos maiores prazeres da vida, ainda mais quando é aquela torta de brigadeiro que você ficou babando na vitrine da delicatessen, e acho que isso no fim ajuda um pouco, mandando impulsos cerebrais ou algo do tipo. Afinal de contas, todos nós somos apenas humanos com "sede de comida" e altamente hedonistas e na categoria alimentar, eu digo que sou uma eterna exploradora dos desejos mais profundos.
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