Dias Pra Rir e Relembrar: Só com Ela.

Eu nunca fui de ter muitos amigos; Aliás, eu sou do tipo de pessoa que prefere ficar de picuinha à toa com os outros só por esporte. Eu me lembro quando eu era menor: Cada série era uma companhia diferente que sempre terminava com uma briga colossal por algo bobo, tipo um lápis cor de rosa. À medida que eu fui crescendo, comecei a ver que precisava de alguém do meu lado, que viver sozinha não vale e que chamar a mãe de melhor amiga e mega clichê e mentira. Daí eis que surge Raquel, com seu jeito de psicóloga ambulante e a risada mais engraçada-estranha-nonsense do mundo. Foi um click, conheceu e encantou, coisa de bater os olhos e dizer "Po, essa menina parece ser legal, acho que quero ser amiga dela." Foram exatamente três anos de um junta-separa no ensino médio do nosso colégio que ninguém entendia. Mesmo sentando mega distantes e quase não trocando palavra, quando eu ficava histérica no banheiro do colégio a primeira e arrombar a porta e sentar do meu lado era a Quel. Eu nunca vou me esqueçer do jeito dela tentar me acalmar - o que é coisa pra tipo, Jason Bourne, John McLane e Luke Skywalker juntos tentarem - segurando minha mão e dizendo pra mim que tudo ia ficar bem e me fazendo rir da cara do imbecil que tinha feito aquilo, mesmo que eu ainda estivesse com a cara borrada de rímel. Anos de risadas, fotos engraçadas, situações mega micadas, conselhos infalíveis que falhavam, planos, festas marcadas pra história e histórias de festas em terraços que até hoje dão o que falar., mas por incrível que pareça, nenhuma briga. Isso mesmo, a Julianna, senhora brigona, implicante que não conseguia ficar andando com uma pessoa depois que o prazo de validade de um ano expirasse conseguiu não só uma amizade pra cultivar para sempre, mas uma best-marida-forever-conselheira-parceira-funkeira e tudo o mais que pode vir incluído no pacote. Te amo pra sempre, medrosa!

Quel e Eu na fase "eu sou emo"

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